Disco de poeiras em torno de uma estrela de outra galáxia descoberto pela primeira vez
Um disco em torno de uma estrela jovem na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha da nossa, foi descoberto por uma equipa internacional de astrónomos, naquela que é a primeira vez que um disco deste tipo, idêntico aos discos de poeiras que formam planetas na nossa Via Láctea, é encontrado fora da nossa galáxia.
A descoberta foi feita com a ajuda do telescópio ALMA, no Chile, do qual o Observatório Europeu do Sul (ESO) é um parceiro. O ESO diz que as observações “revelam uma estrela jovem de grande massa a crescer e a acumular matéria do meio que a envolve, dando assim origem a um disco em rotação”. “Quando vi pela primeira vez provas de uma estrutura rotativa nos dados do ALMA, nem queria acreditar que tínhamos detectado o primeiro disco de acreção [acumulação de matéria] extragaláctico”, realça, em comunicado, Anna McLeod, da Universidade de Durham (Reino Unido) e autora principal do estudo na Nature. “Sabemos que os discos são vitais para a formação de estrelas e planetas na nossa galáxia e, pela primeira vez, temos agora provas directas da ocorrência do mesmo fenómeno noutra galáxia.” A uma distância de 163 mil anos-luz, este é “o disco mais distante em torno de uma estrela maciça alguma vez detectado directamente”, revela a Universidade de Durham. lhante encontrada até à data a albergar quatro ou mais exoplanetas.
Ao analisarem os três planetas mais interiores do sistema, os autores calcularam as órbitas de todos os seis planetas que o constituem, órbitas estas que variam entre cerca de nove dias para o planeta mais interior e 54 dias para o planeta mais exterior.
Os seis planetas exercem assim forças regulares uns sobre os outros à medida que orbitam a estrela, o que sugere que o sistema permanece quase inalterado desde que se formou, há quatro mil milhões de anos.
Uma “relíquia”
“O facto de este sistema se manter muito organizado significa, na verdade, que sofreu muito poucas alterações desde que se formou. Estamos a ver um sistema, no fundo, que é uma espécie de relíquia daquilo que são os sistemas planetários na altura em que se formaram”, frisa Nuno Santos.
Pensa-se que “só cerca de 1% de todos os sistemas [multiplanetários] se mantêm em ressonância”, realça, no comunicado da ESA, Rafael Luque, da Universidade de Chicago, principal autor do estudo. É por isso que este sistema é especial: “Mostra-nos a configuração original de um sistema planetário
Astrofísica Ciência E Ambiente
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2023-11-30T08:00:00.0000000Z
2023-11-30T08:00:00.0000000Z
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