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Satélite espião norte-coreano fotografou a Casa Branca

Até à data, nenhuma imagem registada pelo satélite concebido para espiar os EUA foi divulgada por Pyongyang

Josh Smith e Hyonhee Shin

Após décadas de vigilância por satélite por parte de governos e analistas estrangeiros, a Coreia do Norte enviou o seu primeiro satélite espião para uma órbita global com uma mensagem para o mundo: também podemos observar-vos.

Os meios de comunicação social norte-coreanos afirmaram ontem que o líder Kim Jong-un tinha analisado as fotografias de satélite da Casa Branca, do Pentágono e dos porta-aviões americanos na base naval de Norfolk.

Na semana passada, a Coreia do Norte lançou com êxito o seu primeiro satélite de reconhecimento, que, segundo o país, foi concebido para monitorizar os movimentos militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

Desde essa altura que os meios de comunicação social estatais têm vindo a informar que o satélite fotografou cidades e bases militares na Coreia do Sul, do território norte-americano de Guam, no Pacífico, e Itália, para além da capital norte-americana.

Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), Chad O’Carroll, fundador do jornal online NK News, dedicado à Coreia do Norte, referiu-se aos relatórios divulgados pela agência de notícias norte-coreana KCNA: “Lembram-se de quando receberam aquele brinquedo que sempre quiseram no Natal e ficaram tão entusiasmados que queriam contar a toda a gente?”

Até à data, Pyongyang ainda não divulgou quaisquer imagens registadas pelo satélite, deixando os analistas e os governos estrangeiros a debater a capacidade efectiva do novo satélite.

Ontem, a Coreia do Sul afirmou que as capacidades do satélite norte-coreano para recolher informação não podem ser verificadas. Ao mesmo tempo, Seul anunciou o adiamento da data de lançamento do seu próprio satélite espião, prevista para 30 de Novembro num foguetão Falcon 9 norte-americano, devido às condições meteorológicas. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul condenaram o lançamento do satélite norte-coreano como uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU que proíbem qualquer utilização de tecnologia balística. Reuters

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2023-11-29T08:00:00.0000000Z

2023-11-29T08:00:00.0000000Z

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