Opresidente executivo da CNN, Chris Licht, abandonou o cargo após um período de 13 meses marcado por polémicas e confrontos com a redacção do canal, e agravado por insucessos em termos de audiências e de receitas.

A chegada de Licht causou desconforto na CNN desde o primeiro momento, com o novo presidente a sugerir que a queda das audiências do canal, nos últimos anos, ficou a dever-se a um suposto viés anticonservador dos seus jornalistas e decisores.

A tensão atingiu um ponto alto em Maio, na sequência da transmissão de uma entrevista com Donald Trump, em directo, e perante uma assistência composta quase na totalidade por apoiantes do ex-Presidente dos Estados Unidos.

A entrevista, proposta por Licht, fazia parte da sua estratégia de reposicionar a CNN como um canal que tanto os conservadores como os progressistas quisessem ver, com efeitos positivos nas audiências — o que, ao não se concretizar, deixou Licht mais vulnerável junto da administração, no meio do clima de desconfiança na redacção.

Trump, a sua candidatura dificilmente resistirá até ao fim.

Segundo o site Real Clear Politics, a média das sondagens actuais indica que Pence recolhe 3,8% das intenções de voto no eleitorado republicano, contra 53,2% de Trump e 22,4% de DeSantis — numa corrida que já conta com 13 candidatos, e em que 11 deles não conseguem sequer chegar a 5% das intenções de voto.

Num exemplo de como os acontecimentos dos últimos anos influenciaram a política norte-americana e o Partido Republicano — com destaque para as queixas infundadas de fraude eleitoral promovidas por Trump e a invasão do Capitólio —, Pence é o primeiro ex-vice-presidente dos EUA a candidatar-se a eleições primárias contra o ex-Presidente que o escolheu como parceiro de candidatura.

“Nos tempos modernos, os presidentes que perdem eleições não costumam