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Montenegro rejeita “truques” nas pensões

“Há muita gente que fala do que não sabe”, diz o líder do PSD. E garante que, se for Governo, não vai cortar “um cêntimo” nas pensões

O presidente do PSD rejeitou qualquer lapso ou truque na proposta de aumento do tecto do Complemento Social para Idosos para 820 euros até 2028, perante as críticas que lhe foram dirigidas, nomeadamente pelos candidatos à liderança do PS, que o desafiaram a esclarecer a medida. “Posso explicar, repetindo o que disse, espero que toda a gente tenha a honestidade de o reconhecer”, disse, reafirmando que, se o PSD for Governo, irá actualizar todas as pensões “no mínimo” pela fórmula prevista na lei e não irá cortar “um cêntimo” no seu valor.

Esclareceu, assim, que o PSD se compromete a alterar o valor de referência do CSI de modo a que atinja o valor de referência de 820 euros em 2028 (actualmente é de 488 e no próximo ano será de 550 euros).

Questionado sobre se não há uma confusão entre subida de pensões e subida do CSI, respondeu negativamente: “Não há confusão nenhuma, não quero dar lições de Português a ninguém. Há muita gente que fala do que não sabe, em particular responsáveis políticos que têm por objectivo vir a assumir candidatura à liderança do Governo”, acrescentou.

Confrontando com o facto de o CSI não ser generalizado, mas sujeito a uma prova de condição de recursos, Montenegro respondeu que o PSD vai continuar a aplicá-la, embora admita poder alterar alguns requisitos “no futuro”.

“Imagine uma pessoa com 300 euros de pensão mas que tem um prédio com uma renda de dez mil euros. Os portugueses acham que deve ter o mesmo tratamento que a outra? Com certeza que não”, afirmou. Daí, frisou, “o conceito ser não a pensão, mas o rendimento da pessoa”.

“Um rendimento mínimo garantido quer dizer que uma pessoa tem assegurado um rendimento de 820 euros, não posso explicar isto de outro modo. Quem tem um rendimento de 500 euros terá um CSI de 320, quem tem de 400 terá de 420, quem tem de 600 terá de 220”, detalhou. Montenegro recusou que a proposta seja eleitoralista, contrapondo que “é uma medida de justiça social”. Lusa

Política

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2023-11-29T08:00:00.0000000Z

2023-11-29T08:00:00.0000000Z

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