Na Linha do Oeste
É difícil para o meu entendimento perceber como é que a CP dá lucro. Eu, que sou reformado, optei por utilizar o comboio na Linha do Oeste para ir de Lisboa para São Martinho do Porto, se tiver a sorte de apanhar um comboio para lá, não tenho a certeza se apanho outro para cá. Lembro-me bem do motor de uma composição que caiu na linha. Depois vieram as “camelas” em fim de vida em Espanha, mas alugadas a Portugal por bom preço. Vieram as carruagens, mas as peças principais ficaram lá e agora que as carruagens estão nas últimas, que se avariam a toda a hora, têm de esperar que as peças venham de Espanha.
Durante os meses fortes de Verão tivemos as greves infindáveis dos maquinistas, dos bilheteiros, dos ferroviários, dos cobradores. Provavelmente todas com razão, mas, lá bem no fundo, que confiança posso ter eu quando me dirijo a uma estação da CP para apanhar um comboio e corro o risco de estar três e quatro horas à espera de um comboio? Mais grave ainda será para aqueles que se servem do comboio para ir trabalhar.
A Linha da Beira Alta fechada há três anos. E têm lucros? Saberá a CP que a razão de ser da sua existência sou eu e todos os utentes pagantes? Até quando?
José Rebelo, Caparica
ficariam mais acessíveis ao turismo qualificado e estava encaminhada uma relação Porto-Salamanca, que já existiu. Mas a mais espectacular seria a retoma da Linha do Dão, entre Santa Comba e Viseu, em bitola ibérica e via dupla (50 quilómetros): Viseu poderia ter ligações directas e frequentes a Lisboa e isso seria muito importante para a capital da Beira Alta e para os dez municípios adjacentes.
Eduardo Zúquete, Lisboa etc., que não podem continuar a pagar.
A maioria de nós passou pela crise do início da década de 2010 e bem se sabe como aconteceu. Primeiro, foram as dívidas do Estado que levaram ao aumento de impostos e à redução dos rendimentos dos trabalhadores da administração pública; depois foi o comércio, o imobiliário, e em catadupa a indústria, etc., até à destruição da própria banca, que também tivemos de pagar.
Toda esta situação levou à quebra dos rendimentos da classe trabalhadora, que, passados dez anos, ainda não recuperou o poder de compra e direitos laborais que tinha no início do século. Perante esta situação, pergunto: ao serviço de quem está o BCE? (…)
Mário Pires Miguel, Reboleira intenções. Pior ainda quando essas frases são ditas por alguém — goste-se ou odeie-se quem o diz — que se sabe que não é machista, sexista ou racista. Começa a ser muito perigoso quando umas pessoas — e, normalmente, as que se acham donas de temas como a eutanásia, o aborto, o feminismo — entram pela porta do policiamento, da fiscalização daquilo que outras e outros dizem. Não são, assim, defensoras dos valores que apregoam e começam a parecer-se com os censores do tempo do Estado Novo, com o controlo apertado do que cada um diz, disse, vai dizer. O Presidente da República (…), por ter feito no Canadá uma referência ao decote de uma jovem portuguesa, é sexista, machista? É assim que se é sexista, machista? De certeza? Poupem-nos a estes fiscais de maus costumes e não aproveitem a ocasião para ter palco, para aparecer e para dizer indevidamente mal do Presidente da República. Não contribuam para dar força aos populistas. Augusto Küttner, Porto
Espaço Público
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2023-09-22T07:00:00.0000000Z
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