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Livro de recitações

“A ignota biblioteca de Manguel, a jogada de Medina e a cultura portuguesa à deriva” Título de um artigo de Diogo Ramada Curto no jornal online Contacto,16/09/2022

O assunto já tinha caído no esquecimento, mas em boa hora e com grande pertinência o historiador Diogo Ramada Curto nos veio lembrar que a operação levada a cabo por Fernando Medina, quando era presidente da Câmara de Lisboa, para alojar num grande palacete a biblioteca do escritor argentino-canadiano Alberto Manguel ainda não passa de uma grandiosa intenção, revestida de um provincianismo anedótico e “vendida” à opinião pública como uma

“dádiva” à cidade por um “grande escritor” e bibliófilo em estado de Babel. Da biblioteca não se conhecia, nem se conhece até agora, o seu valor porque, pelo que sabemos, está por catalogar; do bibliotecário, sabemos que fez da sua biblioteca, com grande eficácia, um mito “cultural” (da “alta cultura”, propriamente dita) e cosmopolita. O encontro entre cosmopolitas sofisticados e filisteus provincianos resulta numa anedota que Diogo Ramada Curto faz o favor de relembrar.

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2022-09-23T07:00:00.0000000Z

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