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A procura por soluções mais sustentáveis

É urgente avançar para a redução da intensidade carbónica e a promoção da renovação energética do parque imobiliário.

No caminho para a descarbonização e para a transição energética, social e económica, as maiores mudanças estão em curso e estão a transformar as nossas casas e a forma como nos movemos.

Para José Manuel de Sousa, vice-presidente da Ordem dos Engenheiros Técnicos, os objetivos estão traçados e passam pela “redução da intensidade carbónica e pela promoção da renovação energética do parque imobiliário”. Para isso é necessário avançar com a implementação do conceito de Nearly Zero Energy Buildings (NZEB) na construção dos edifícios novos e na transformação dos edifícios existentes e transitar para a mobilidade verde.

Nas nossas casas o consumo de energia “tem vindo a aumentar”, referiu João Sousa, presidente do Colégio de Engenharia Mecânica da Ordem dos Engenheiros Técnicos. “Instalamos mais equipamentos e queremos mais conforto. Apesar disso, este aumento tem sido colmatado com a maior penetração das energias renováveis”. Do lado dos veículos “ainda temos dependência de 95% das energias não renováveis”.

Futuro da mobilidade é elétrico e mais sustentável

O setor dos transportes – que representa 25% das emissões de gases com efeito de estufa à escala global – tem um papel determinante as metas europeias, “o que dá uma cada vez maior importância à mobilidade elétrica”, referiu Holger Marquardt, CEO da Mercedes-Benz Portugal.

Nesse contexto, a Mercedes Benz tem “uma ofensiva de produtos em marcha, com baterias com maior autonomia até 700 km”. E prepara “novas experiências de carregamento de mais de 80% em apenas 20 minutos”. Um plano ambicioso e que está, em parte, “dependente da infraestrutura do país”. Para comentar este novo paradigma, a conferência ‘O impacto da mobilidade verde e o desafio dos edifícios NZEB’ reuniu João Sousa, Holger Marquardt, Miguel Franco, Co-CEO, Schmitt &

Sohn Elevadores; Aline Guerreiro, CEO do Portal da Construção Sustentável; e Bernardo Freitas, Head of Sustainability & Strategic Advisory da CBRE.

Para Miguel Franco “o nosso desafio (indústria) é olhar para os equipamentos instalados e melhorar a eficiência dos mesmos” e dá o exemplo dos elevadores. “Um elevador parado pode consumir mais que outro em funcionamento. Ora, em 24 horas, o elevador passa a maior parte do tempo parado.

Foi aqui que identificamos a oportunidade: reduzir os consumos em stand-by. E foi isso que fizemos.

Neste momento estamos em condições de propor aos promotores soluções muito mais eficientes do que no passado”. Do lado do consumidor, Bernardo Freitas, Head of Sustainability & Strategic Advisory da CBRE, reconheceu que “há mais pressão do próprio mercado para soluções mais sustentáveis”, prova de a mudança está em curso e que já não pode parar.

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2021-12-18T08:00:00.0000000Z

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