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Edifícios devem ser pensados tendo em conta Ť ʘŦ U Ŧ Ť M ŦŤ

Os edifícios são pensados para serem confortáveis, mas isso não significa que não se deve apostar na sua eficiência, e o consumidor tem um papel-chave na possibilidade de consumir menos recursos.

A sessão “Novas Regras para a Eficiência Energética de Edifícios”, coorganizada pelo Portal da Construção Sustentável, parte da Semana da Reabilitação Urbana do Porto, evidenciou que a procura pela imagem do edifício novo continua a sobreporse à procura por durabilidade e pela origem dos materiais. “O projeto de arquitetura começa com a projeção do edifício, no entanto o ideal é pensar no futuro e na desconstrução desse edifício também, ou seja, considerar a reutilização de componentes”, defende a Arq. Aline Guerreiro, CEO do Portal da Construção Sustentável.

A opinião foi unânime entre os membros do painel de discussão desta sessão –Cristina Cardoso, AICOPN; Ávila e Sousa, diretor técnico do grupo Preceram; e Gabriel Andrade, Ordem dots Arquitectos (OA) – um bom projeto envolve a colaboração entre diferentes profissionais, e com o lançamento de um novo decreto-lei esta colaboração ganha especial relevância. Estabelecer uma rede para formar pessoas proactivas na área da eficiência energética é já uma prioridade para a OA, e o arquiteto Gabriel Andrade sublinha que o principal objetivo de um arquiteto não consiste em elaborar traços, mas sim melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Por seu turno, a Eng. Cristina Cardoso ressalva a importância de qualificar pessoas e em simultâneo diferenciar empresas. Sobre este último ponto, destaca que o papel da entidade reguladora deve ser mais abrangente, porquanto o alvará não deve ser o mínimo, sendo que a exigência de qualificação e especialização deve ser o novo parâmetro base.

Sobre a legislação para a eficiência energética dos edifícios, o painel, em conjunto com diversos engenheiros e arquitetos presentes na plateia, partilha o sentimento de que o período para análise e posterior envio de comentários sobre o novo decreto-lei deveria ser mais longo. Tal como não é suficiente ter bons materiais se depois esses forem mal aplicados, tão pouco importa ter legislação nova se a sua estabilidade e metodologia não for clara e resultar em intervenções que comprometam a autenticidade do património.

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2021-12-18T08:00:00.0000000Z

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