Público Edição Digital

Recuperado de lesão grave, Zverev regressa às meias-finais

A primeira semifinalista brasileira no Grand Slam neste século, Haddad Maia, vai decidir um lugar na final com Iga Swiatek

Pedro Keul

Exactamente um ano depois da grave lesão no tornozelo direito, Alexander Zverev está de volta às meias-finais do torneio de Roland Garros. Na altura, o tenista alemão preparava-se para disputar o tie-break do segundo set com Rafael Nadal, depois de ganhar o primeiro. Após uma operação em Junho, quando ocupava o segundo lugar do ranking, Zverev regressou ao circuito em Janeiro e foi gradualmente subindo a qualidade das suas exibições: oitavo-finalista nos Masters 1000 de Madrid e Roma e semifinalista no ATP 250 de Genebra. E amanhã vai lutar, pelo terceiro ano consecutivo, por um lugar na final de Roland Garros.

A lesão de Zverev impediu-o de terminar a época de 2022 no top 10 pelo sexto ano consecutivo e chegou a Paris fora do top 20. Mas em Roland Garros, está no top 4. “Foi o ano mais difícil da minha vida. Adoro ténis e a competitividade, que me foram tirados há um ano. Estou tão feliz por regressar a este nível”, admitiu Zverev (27.º), depois de ultrapassar o argentino Tomas Martin Etcheverry (49.º), por 6-4, 3-6, 6-3 e 6-4.

O tenista alemão, que esteve perto de conquistar um título do Grand Slam, quando liderou a final do US Open de 2020 por 2-0 em sets, antes de a deixar escapar para Dominic

Thiem, voltou ao ponto onde estava antes da paragem e está feliz por ter mais uma oportunidade. “Não consegui jogar durante sete meses e nos três, quatro seguintes, ainda tinha dores. Leva tempo até ter novamente confiança na perna para deslizar pelo court”, frisou Zverev.

Na meia-final, o alemão de 26 anos defronta Casper Ruud (4.º). O norueguês, finalista no ano passado, eliminou o dinamarquês Holger Rune (6.º), por 6-1, 6-1, 3-6 e 6-3.

No torneio feminino, a tenista das “maratonas” chegou às meias-finais. Beatriz Haddad Maia (14.ª) nunca tinha ido além da segunda ronda nas 11 presenças anteriores em torneios do Grand Slam, mas ganhou o quarto encontro consecutivo em três sets

e é a primeira semifinalista feminina no Grand Slam neste século a vencer as três rondas anteriores após perder o primeiro set.

Na terceira ronda, frente a Ekaterina Alexandrova, a brasileira recuperou de 1-4 no último set e salvou um match-point; nos “oitavos”, com Sara Sorribes Tormo, recuperou de 6-7, 0-3, para ganhar o encontro feminino mais longo do ano, em 3h51m; e frente a Ons Jabeur (7.ª) salvou dois break-points para vencer, por 3-6, 7-6 (7/5) e 6-1 e tornar-se a primeira brasileira a alcançar as meias-finais de um major na Era Open.

Nas meias-finais, a fasquia será mais elevada, pois enfrenta a número um mundial, Iga Swiatek, a quem venceu no Verão passado, em hardcourts. Na reedição da final de 2022, a polaca voltou a derrotar Coco Gauff (6.ª), desta vez por 6-4, 6-2.

Desporto

pt-pt

2023-06-08T07:00:00.0000000Z

2023-06-08T07:00:00.0000000Z

https://ereader.publico.pt/article/282153590677372

Publico