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Turismo recebe menos estrangeiros face a 2019

O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2022, e os EUA registaram o maior crescimento

Luís Villalobos

Ao longo do ano passado, os estabelecimentos de alojamento turístico contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) registaram 26,5 milhões de hóspedes e 69,5 milhões de dormidas, menos 2,3% e menos 0,9%, respectivamente, face a 2019, último ano antes da pandemia. A descida no total das dormidas foi atenuada pelos residentes, em que subiu 8,6%, mas não conseguiu equilibrar a diminuição de 5% do número de noites dos não residentes.

Contrariamente ao que se passou nos dois anos anteriores, devido aos impactos da covid-19 e a restrições aos movimentos, no ano passado “as dormidas de não residentes superaram as de residentes (67% do total de dormidas), ainda que ligeiramente abaixo do peso que tinham em 2019 (69,9% do total)”. O número de hóspedes estrangeiros desceu 6,8% face a 2019, fixando-se nos 15,3 milhões (58% do total).

De acordo com o INE, que apresentou ontem os dados de Dezembro e do ano de 2022 (que não abrangem as unidades de alojamento local com menos de dez camas), registaram-se no ano passado “aumentos nas dormidas de residentes em todas as regiões” face a 2019.

Por comparação com 2021, os dados preliminares do INE mostram uma subida expressiva de 83,3% no número de hóspedes no ano passado, para 26,5 milhões, e de 86,3% nas dormidas, para 69,5 milhões, impulsionada pelos residentes no estrangeiro, cujo número mais do que duplicou (subiu 158% face a 2021, chegando aos 15,3 milhões).

Por regiões, a que mais cresceu face a 2021 foi a Área Metropolitana de Lisboa, com uma subida de 125% no número de hóspedes, para 7,7 milhões (dominando a tabela), e de 133% nas dormidas, para 18 milhões (ficando na segunda posição, após os 19,1 milhões do Algarve).

O Reino Unido, diz o INE, “manteve-se como principal mercado emissor em 2022, representando 19,3% das dormidas de não residentes”, mas com uma queda de 4% face a 2019.

O maior crescimento, refere, “registou-se no mercado norte-americano”, que subiu 26,9% face a 2019.

Economia

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2023-02-01T08:00:00.0000000Z

2023-02-01T08:00:00.0000000Z

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