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Bloco de partos de Portimão vai encerrar de 15 em 15 dias até ao final de Março

Alexandra Campos

O bloco de partos do hospital de Portimão vai estar encerrado de 15 em 15 dias até ao final de Março, mantendose aberta de forma ininterrupta a maternidade do hospital de Faro. Portimão fecha o bloco de partos ao exterior entre as 8h de sexta-feira e as 8h de segunda-feira a partir de 10 de Fevereiro. A distância entre os hospitais de Portimão e Faro (integrados no Centro Hospitalar Universitário do Algarve) é de 70 quilómetros.

A Direcção Executiva do SNS anunciou ontem a decisão num comunicado em que sublinha que se mantêm os encerramentos alternados de vários blocos de partos na região de

Lisboa e Vale do Tejo (LVT) até ao final do primeiro trimestre, como foi decidido no início do mês. É nesta região que se tem feito sentir com maior acuidade a falta de médicos especialistas para assegurar as escalas dos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia dos hospitais públicos.

De resto, todos os 13 blocos de partos do Norte do país, os sete do Centro e os três do Alentejo continuam a funcionar em pleno, sem interrupções. No âmbito da informação sobre a operação Nascer em Segurança no SNS, a direcção executiva sublinha a importância de as pessoas contactarem previamente o SNS 24 (808242424), ou o 112, em caso de emergência. Os únicos blocos de partos que funcionam sem interrupções em LVT são o do hospital de Santa Maria e a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, e os do hospital de Cascais e do hospital de Almada. As outras nove maternidades da região encerram ao exterior entre as 8h de sexta-feira e as 8h de segunda-feira de forma rotativa, partilhando recursos. Os blocos de parto dos hospitais de São Francisco Xavier (Lisboa), de

Amadora-Sintra, de Loures e de Vila Franca de Xira fecham alternadamente, acontecendo o mesmo no eixo geográfico dos hospitais de Santarém, Abrantes e Caldas da Rainha e, na Margem Sul, nos do Barreiro e de Setúbal.

Este novo modelo de funcionamento, que será avaliado no final do terceiro trimestre deste ano, visa evitar encerramentos definitivos de maternidades, uma entre várias hipóteses de solução para a falta de obstetras no SNS propostas pela comissão de especialistas que foi criada pela exministra da Saúde Marta Temido no Verão passado. Nessa altura, vários blocos de partos e serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia passaram a fechar de forma intermitente ou a funcionar com limitações.

No Norte, as duas maternidades em risco de encerramento definitivo — as dos hospitais da Póvoa de Varzim e de Famalicão — vão manter-se abertas pelo menos até ao final deste ano, já deliberou a direcção executiva. Quanto às duas de LVT — Vila Franca de Xira e Barreiro — e as duas do Centro — Guarda e Castelo Branco — em que a hipótese de encerramento foi enunciada pela comissão de especialistas, essas mantêm-se abertas pelo menos até ao final de Março, enquanto se aguarda uma decisão para o resto do ano. Mas o encerramento definitivo parece ser um cenário remoto.

Sociedade

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2023-02-01T08:00:00.0000000Z

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