face ao trimestre imediatamente anterior. É o sétimo trimestre consecutivo com uma variação positiva do PIB em cadeia. Mas, mais uma vez, tal como nos dois trimestres anteriores (0,1% no segundo e 0,4% no terceiro), com um crescimento bastante ligeiro.

Sem qualquer surpresa, à semelhança do que aconteceu um pouco por todo o mundo, a economia portuguesa não conseguiu escapar aos efeitos da guerra na Ucrânia e tem estado durante a maior parte do ano de 2022 com dificuldades em regressar a ritmos de crescimento mais elevados.

As exportações tiveram um desempenho positivo, mas o clima de incerteza fez travar a fundo o investimento, a escalada da inflação penalizou o consumo e a subida das taxas de juro colocou as famílias e empresas com prestações bancárias por pagar ainda menos disponíveis para gastar.

O resultado: entre o primeiro e o quarto trimestre de 2022, a economia portuguesa cresceu apenas 0,7%.

É com estas condicionantes ao crescimento que sentiu nos últimos nove meses do ano passado — e já sem poder beneficiar do enorme “efeito de arrastamento” de que beneficiou em 2022 — que a economia irá ter de lidar em 2023. Se o ritmo baixo de crescimento se mantiver ao longo dos próximos meses, isto é, se o PIB crescer em cada um dos trimestres de 2023 o mesmo que cresceu no último trimestre de 2022, a taxa de crescimento anual este ano não chegará a 1%.

Tanto o Governo como o Banco de Portugal têm neste momento previsões para 2023 que apontam para que a economia ganhe alguma velocidade, mas não muita.

Em Outubro, quando apresentou a proposta de Orçamento do Estado para este ano, Fernando Medina inscreveu no documento um crescimen